HÁ GENTE QUE...
Francimar Moreira
Há gente que, após nove meses ao ventre submisso, não se liberta mais.
Até parece de cócoras ter nascido e não ter ânimo para se erguer jamais!
É um fraco, que nunca sabe a vida organizar, sem a proteção de um amo
Que o oriente, lhe mostre o caminho e, para o qual vive a mover o abano!
É vítima de uma sina cruel que, movida a birra, a fez fraca e rastejadora,
Gênero dos reptilianos cuja ventura consiste,
em ser uma vil bajuladora!
Há gente que trapaceia e explora a outrem, na busca insana pelo vil
metal,
Confiante em que somente ele seja fonte segura de status e prosperidade!
É, de fato, um delirante ao extremo, que não vê o quanto há de estupidez,
Na crença tola e vulgar de que poder e dinheiro sejam fonte de
felicidade!
E muito embora, com uma fortuna acumulada, não percebeu, infelizmente,
Que dos bens virou escravo, do medo ficou
refém, da vida plena é ausente!
Há gente que, na cólera selvagem de poder, nivela-se ao pior dos
violentos.
É um feroz crocodilo, uma serpente, senão for desses répteis
excrementos!
É o tipo que, movida a selvageria, tripudia, denigre e tortura o
semelhante,
Sem se dar conta de que degrada toda a espécie humana, de forma
aviltante!
E, ainda assim, do inocente povo sofredor, espera acatamentos
reverenciais.
Imperatriz, 10 de março
de 2013
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